Atualização dos valores chegou a ser até cinco vezes maior do que a tabela nacional. Três critérios foram levados em consideração: defasagem, fila de espera e estratégia em saúde
Desde 2024, o Governo de São Paulo complementa, com recursos próprios, o valor pago pelo Ministério da Saúde a hospitais e instituições filantrópicas pelos procedimentos. A iniciativa inédita, chamada de Tabela SUS Paulista, remunera até cinco vezes mais do que a tabela nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos corrigem uma defasagem histórica provocada pela ausência de reajuste da tabela nacional por cerca de 20 anos.
O investimento anual adicional do Tesouro Estadual no primeiro ano do programa foi de R$ 4,3 bilhões. A iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde visa equilibrar a remuneração dos procedimentos de saúde pública com a realidade do mercado e garantir que hospitais e entidades filantrópicas possam continuar prestando serviços essenciais. A medida foi baseada em uma análise criteriosa, levando em conta a defasagem dos valores, a demanda reprimida e a prioridade de determinados atendimentos.
Reajustes expressivos
Com base nesses critérios, os reajustes foram aplicados de forma diferenciada. Procedimentos considerados críticos, como partos e cirurgias oncológicas, receberam aumentos substanciais:
– Parto normal: 400% de reajuste
– Cirurgia de vesícula: 350%
– Cirurgia oncológica de próstata: 350%
– Mastectomia total (câncer de mama): 300%
– Cirurgia cardíaca: 215%
– Diária de UTI: aumento de 200%
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