Trem Sorocaba x São Paulo: consulta pública sobre o projeto acontece até março de 2025

A linha terá quatro paradas, sendo duas em Sorocaba, uma em São Roque e outra já na Capital; governo diz que há poucos interessados na parceria para implantação da proposta

A consulta pública para a construção do Trem Intercidades (TIC) Sorocaba – Eixo Oeste será realizada pelo Governo do Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2025. A informação foi dada pelo secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, em entrevista ao Podcast Pod Nos Trilhos, da Revista Ferroviária. O eixo Oeste do TIC ligará Sorocaba a São Paulo.

A linha, com um total de 100 quilômetros, terá quatro paradas: duas em Sorocaba, uma em São Roque e outra já na Capital. A previsão do Governo é que o trajeto seja feito em 60 minutos e tenha um fluxo diário de 50 mil passageiros.

Atualmente, segundo informações da página do Projeto TIC Sorocaba, disponibilizada pelo Governo do Estado, o projeto do Trem Intercidades está finalizando a fase de estudo técnico, previsto para acontecer até o quarto trimestre de 2024.

De acordo com informações da Secretaria de Parcerias, a proposta é realizar uma parceria público-privada (PPP) com base nas diretrizes de traçado da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O escopo do projeto abrange a pré-viabilidade e estruturação. Os estudos são realizados pela International Finance Corporation (IFC) do Banco Mundial.

Ao fim do estudo técnico, a publicação do edital de chamamento público das empresas interessadas em investir e explorar a concessão está prevista para acontecer no segundo trimestre do ano que vem, e o leilão deve ocorrer no quarto trimestre de 2025. Por fim, a assinatura do contrato entre a concessionária e o Governo do Estado deve acontecer até março de 2026.

A previsão da Secretaria de Parcerias em Investimentos é que sejam investidos R$ 10 bilhões, por meio de parceria público-privada, em concessão do serviço ao investidor pelo prazo de 30 anos. Em entrevista ao Podcast da Revista Rodoviária, o secretário Rafael Benini disse que, no começo do ano, esteve na Europa – Itália, Espanha e França – em busca de empresas interessadas no investimento.

Benini argumentou que, por exigir grande aporte de recursos, existem poucos operadores ferroviários interessados. Disse ainda que o Brasil acaba sendo prejudicado, pois a União Europeia está acabando com seus monopólios nacionais de transporte e atualmente também faz a concessão de seus serviços e isso acaba atraindo para lá a atenção desses poucos investidores. “Estamos com um trabalho fácil. Além de ter pouca gente (interessada e capaz de fazer grandes investimentos), a gente está competindo com a Austrália e com a Europa”, afirmou.

(fonte: Portal Porque)