92% das famílias com menos de um salário mínimo contempladas gastam com o financiamento fatia menor do orçamento em relação ao que comprometiam com aluguel
Mais de 70% das famílias atendidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em 2023 possuíam renda familiar de até dois salários mínimos. A companhia, uma das maiores do mundo no ramo habitacional, provê moradias de interesse social para famílias de baixa renda do estado, por meio do Programa Casa Paulista, do Governo de São Paulo.
A CDHU beneficia com a casa própria famílias cuja renda familiar está entre 1 a 10 salários mínimos (SMs), mas atende majoritariamente paulistas de menor renda. Somente no ano passado, foram entregues 7.168 unidades habitacionais construídas diretamente pela Companhia. A faixa salarial mais atendida com o financiamento facilitado da Companhia é de 1 a 1,5 salário mínimo, totalizando 36,9%.
As famílias contempladas são selecionadas, majoritariamente, por meio de sorteio público, e as unidades, distribuídas em grupos formados por policiais (4% do número total de moradias), deficientes (7%), idosos (5%) e demanda geral de inscritos. Em alguns casos, a demanda é fechada para atender públicos específicos, como em reassentamentos de famílias em áreas de risco ou em frente de obras públicas.
O financiamento dos imóveis segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que prevê juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Assim, elas pagam praticamente o mesmo valor ao longo de 30 anos, tendo apenas a correção monetária calculada pelo IPCA, índice oficial do IBGE.
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