Encontro abriu espaço para o posicionamento de representantes do Governo, parlamentares e sociedade civil organizada; investimentos serão de R$ 8 bilhões num prazo de 30 anos
Realizada nesta quarta-feira (4) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a audiência pública da Comissão de Transportes e Comunicações (CTC) tratou sobre a concessão do sistema rodoviário do Lote Nova Raposo. O encontro abriu espaço para posições antagônicas e permitiu a troca de ideias sobre o assunto. Vencido pelo consórcio EcoRodovias, o contrato estima investimentos em torno de R$ 8 bilhões num prazo de 30 anos.
Na reunião da CCT, enquanto o secretário de Parcerias em Investimentos (SPI), Rafael Benini, defendeu o projeto como solução técnica para problemas de mobilidade e segurança viária, Sérgio Reze e outros membros do movimento “Nova Raposo, NÃO” criticaram a falta de diálogo na formulação do projeto e os potenciais impactos sociais e ambientais.
Tráfego seguro
A redução de acidentes automobilísticos com mortes, conforme Benini apontou, foi um dos principais motivos para implementar um novo modelo de gestão na Raposo Tavares (SP-270). O objetivo do Governo no local é separar o tráfego rodoviário do urbano e reorganizar o trânsito por meio de obras estruturantes como alças, marginais e túneis.
O diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), André Isper, reforçou que o modelo de concessão prevê ajustes ao longo da execução. Ele destacou que o projeto executivo com o detalhamento de todas as intervenções ainda será apresentado pela EcoRodovias. A Agência é responsável pela regulamentação e fiscalização do Programa de Concessões Rodoviárias.
A diretora da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Raquel França Carneiro, engenheira responsável pelo projeto, destacou que a proposta é fruto de estudos técnicos realizados ao longo de dois anos, com participação de consultores do Banco Mundial. Raquel pontuou que o modelo de concessão da Nova Raposo representa uma solução técnica e econômica, permitindo maior fluidez no tráfego e redução de tarifas.
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